O ex-deputado federal Waldir Soares (União Brasil-GO) está há pouco mais de seis meses comandando a presidência do Detran em Goiás e faz uma boa avaliação sobre sua gestão frente ao órgão. De acordo com o delegado, a ordem que recebeu do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) ao ser convidado ao cargo foi que “pudesse arrochar”. Nesta entrevista, ele cita problemas que enfrentou, mudanças na gestão e esforços para reduzir os custos da emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
“A gente veio numa missão passada pelo governador Ronaldo Caiado em que ele pediu pra que a gente pudesse arrochar. Tínhamos alguns problemas, algo que a gente priorizou, primeiro a transparência e o combate à corrupção. Tínhamos problemas em algumas Ciretrans como de Aparecida de Goiânia onde chegamos a fechar a unidade”, destacou em entrevista exclusiva concedida a mim, Altair Tavares.
Entre os pontos sensíveis que encontrou desde que assumiu, foi a forte resistência das auto-escolas quando no mês passado, o presidente decidiu acabar com o limite de apenas uma autoescola em cidades goianas com menos de 20 mil habitantes. Nesse sentido, Waldir fala sobre os esforços que tem conduzido em diminuir os custos para o consumidor chegar até a CNH.
“Na verdade, a CNH é um ‘produto elitizado’, nem todo o cidadão tem acesso. Temos quase 200 municípios que tem menos de dez mil habitantes, são pessoas pobres e são baixa renda. Uma CNH que custa entre 2 mil e quinhentos a 4 mil e quinhentos é um valor extremamente elevado”, diagnóstica.
Por isso, enfrentou as auto-escolas e tomou a medida drástica. “Nas pequenas cidades de Goiás não chegava autoescola nem clínica médica. As pessoas tinham que sair 50, 100, 150km para fazer uma CNH e isso encarecia o produto. Quebramos o monopólio, houveram uns gritos mas estamos cumprindo o que está no Código do Consumidor e na Lei da Liberdade Econômica. Fizemos uma parceria com a Segurança Pública e vamos unificar o sistema de CNH e Identidade. Vamos tentar reduzir os custos da CNH.”, salientou.
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Veja outros pontos citados na entrevista com o presidente do Detran-GO, delegado Waldir Soares:
Altair Tavares: Qual o balanço que faz dos seis primeiros meses da sua gestão no Detran?
Waldir Soares: Reformamos os muros do Detran, fizemos limpeza e pintura. Entramos com regulação pedida pelo Ministério Público, não tínhamos estacionamento regulados. Fizemos uma grande mudança de gerentes e diretores. Implantamos o Detran 24 horas, Dique-Guincho, ampliamos a parceria e trouxemos além da PM que já tinha um convênio aproximamos muito da SMM e com a GCM. Houve até um embate com a OAB e alguns sindicatos mas o STF pacificou a situação e trouxemos mais de 1000 homens da GCM apenas em Goiânia, fora os demais municípios. Estamos trazendo para dentro do Detran a delegacia de Trânsito e formando uma cidade de trânsito. São muitas transformações e revisões de contrato para modernizar o Detran.
Altair Tavares: O senhor enfrentou uma briga com as autoescolas… Manteve a decisão que tirou o monopólio delas?
Waldir Soares: Na verdade, a CNH é um ‘produto elitizado’, nem todo o cidadão tem acesso. Temos quase 200 municípios que tem menos de dez mil habitantes, são pessoas pobres e são baixa renda. Uma CNH que custa entre 2 mil e quinhentos a 4 mil e quinhentos é um valor extremamente elevado. Nas pequenas cidades de Goiás não chegava autoescola nem clínica médica. As pessoas tinham que sair 50, 100, 150km para fazer uma CNH e isso encarecia o produto. Quebramos o monopólio, houveram uns gritos mas estamos cumprindo o que está no Código do Consumidor e na Lei da Liberdade Econômica. Fizemos uma parceria com a Segurança Pública e vamos unificar o sistema de CNH e Identidade. Vamos tentar reduzir os custos da CNH. Outro que tem chiado muito são o povo dos desmanches. Aumentamos a fiscalização, tornamos a Canaã um lucar mais cômodo. Vamos ver quais empresas estão regulares ou não.
Altair Tavares: O disque guincho tem funcionado bem?
Waldir Soares: Tem funcionado 24h, no sábado e domingo funcionam até um determinado horário até às 16h atende a secretaria de mobilidade da prefeitura, através da MT, depois desses horários atende a polícia militar e atende também a GCM.
Altair Tavares: A GCM nas blitzes vale só para Goiânia ou isso também está sendo negociado para outras cidades, como Aparecida de Goiânia?
Waldir Soares: Além de Goiânia, Aparecida, Rio Verde e vários municípios do estado tem feito convênio com o DETRAN para que suas GCM atuem, considerando que o STF deu decisão favorável para que eles possam exercer atividade no trânsito.