Todos os órgãos de defesa do consumidor de Goiás já têm uma lista de 26 postos que são suspeitos de aplicar a fraude volumétrica contra os consumidores de gasolina, etanol e diesel. E, já sabem, também, como é aplicado o golpe com o uso de um dispositivo eletrônico instalado nas bombas que foi apelidado de “tic-tac”. No “tic” , a bomba funciona normalmente. No “tac”, ela entrega menos combustíveis apesar de registrar o volume correto na bomba.
O mercado de combustíveis, tanto na capital quanto no interior, conhece bem o funcionamento do dispositivo fraudulento que alimenta a concorrência desleal. A fraude foi inventada no Rio de Janeiro, foi levada para São Paulo, e já está em uso em Goiás há muito tempo.
Falha na fiscalização
Apesar do domínio que os órgãos, como PROCON e DECON – Delegacia de Defesa do Consumidor, têm, a fiscalização não funciona aos domingos, segundo o advogado do Sindiposto, Antônio Carlos de Lima. “Eles não tem diária para pagar os funcionários no sábado e no domingo”, reclamou ele ao afirmar que a fraude acontece principalmente nos fins de semana.
A delegada Darlene Araújo, Superintendente do PROCON do governo de Goiás, revelou, em entrevista ao Diário de Goiás que já está em preparação, há algumas semanas, uma operação contra a fraude volumétrica e na qualidade do combustível vendido para o consumidor goiano.
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Treinamento
Em Goiânia, técnicos do Rio de Janeiro estiveram em um curso para ensinar aos fiscais do INMETRO a identificar o dispositivo “tic-tac”. Durante o treinamento, um posto teve o equipamento identificado e o dono foi preso pela delegacia do consumidor.