Um dia após o afastamento do presidente da Comurg, Alisson Borges, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), concedeu uma nova entrevista à imprensa para esclarecimentos a respeito dos desdobramentos da Operação Endrôminas, deflagrada pela Polícia Civil na última quarta-feira (20). A ação investiga crimes de corrupção e fraude em processos licitatórios da Prefeitura de Goiânia e órgãos da administração municipal.
O chefe do Executivo municipal segue agenda na capital goiana, em visita a obras de revitalização, e afirma que novas atitudes com relação à operação serão tomadas somente após conclusão da investigação. O prefeito afirmou que não foram encontrados, com os presidentes da Seinfra, Denes Pereira, e da Amma, Luan Alves, nenhum documento ou objeto suspeitos.
“Estiveram na casa do Denes, pediram busca e apreensão do celular, com liberação de senha e, no mesmo instante, observaram e devolveram o celular para ele. Também estiveram na Seinfra e não encontraram nada. Não levaram nenhum documento físico da secretaria. Apenas dois pen-drives que tinham fotos das nossas obras e relatórios enviados para a Câmara, no que diz respeito ao empréstimo de R$710 milhões”, pontuou Rogério Cruz, com a afirmativa de que também foram levados o computador de videoconferência e o iPad do presidente, sem nenhuma manifestação contrária.
Com relação ao presidente da Amma, Luan Alves, o prefeito afirmou que foram encontrados uma quantia de dinheiro, de uso pessoal, e armas com os devidos registros. “Estiveram na casa dele e encontraram armamentos. Todos registrados, porque ele é colecionador”, enfatizou, com a ressalva de que o mesmo não precisou sequer ser conduzido à delegacia. “Lá mesmo encontraram os registros e liberaram as armas. Em seguida, encontraram um valor, que ele vai apresentar à Polícia Civil, que é um valor que está declarado no imposto de renda dele e pode ter em casa, como qualquer um de nós”, ressaltou.
Sobre o afastamento do presidente da Comurg, Rogério Cruz esclareceu ter sido encontrado “um valor na casa dele, que até o momento não foi justificado”. O prefeito ressaltou, entretanto, que, segundo Alisson Borges, a justificativa será feita à Polícia Civil. “Outras demais ações, só poderemos tomar atitudes, com segurança, após a conclusão da investigação”, ponderou o republicano.
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A operação cumpre, ao todo, 32 mandados de busca e apreensão, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor). De acordo com a investigação, foram mais de R$ 50 milhões em contratos fraudados.
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