Os Correios realizaram, nesta quarta-feira (28/10), a doação de camisetas e malotes inservíveis à empresa para reaproveitamento pelas oficinas de confecção do sistema prisional de Goiás. A entrega do primeiro lote foi realizada pelo superintendente estadual da empresa, Eugenio Montenegro, ao diretor geral da Administração Penitenciária de Goiás (DGAP), Coronel Agnaldo Augusto da Cruz, no Complexo Operacional dos Correios de Aparecida de Goiânia. Ao total, serão repassados, de forma gradual durante 12 meses, 10 mil camisetas e mil malotes que não tinham mais utilização pela empresa para serem transformados em bolsas e máscaras para prevenção ao coronavírus.
De acordo com a DGAP, a reutilização dos materiais será feita por detentos em nove cidades de Goiás – Jussara, Luziânia, Orizona, Quirinópolis, Ceres, Formosa, Jaraguá, Serranópolis e Senador Canedo. As unidades foram escolhidas por possuírem polos industriais de confecção. Aproximadamente 150 presos, homens e mulheres, trabalharão na confecção dos itens. O primeiro lote de máscaras confeccionada a partir desses materiais deve ficar pronto em cerca de dois meses e será distribuído a unidades de saúde do próprio sistema prisional e outros órgãos da segurança pública.
Os presos incluídos no projeto terão o benefício de redução da pena, previsto na Lei de Execução Penal. A DGAP explica que oficinas como essa existem há alguns anos, porém foram intensificadas para a confecção de máscaras. “Desde o início da pandemia, os Correios não mediram esforços para atender às necessidades da população neste momento tão difícil. Saber que os materiais doados por nós também cumprirão esse papel, além de contribuir para a ressocialização e a remição da pena dos participantes, é motivo de satisfação”, destaca o superintendente dos Correios.
De acordo com o coronel Augusto, a ressocialização dos presos é uma das principais diretrizes da gestão penitenciária em Goiás, determinada pelo Governo do Estado. “Nesse sentido, a parceria com os Correios é muito bem-vinda. É com alegria que recebemos o material doado. O trabalho que será desenvolvido a partir desses tecidos corresponde à política de ressocialização, para a ocupação dos detentos com trabalho e qualificação profissional, para que tenham mais condições de emprego ao término do cumprimento da pena, além de resultar na fabricação de máscaras para o combate e controle à epidemia”, declarou o diretor.