Cidades • atualizado em 09/04/2021 às 13:36

Motoristas do transporte coletivo paralisam Eixo Anhanguera em ato de reivindicação por vacina contra a Covid-19

Foto: Domingos Ketelbey
Foto: Domingos Ketelbey

Motoristas do transporte público coletivo de Goiânia e região metropolitana realizam ato de manifestação e paralisação, nesta sexta-feira (9), das linhas da Metrobus, que operam o Eixo Anhanguera, na capital goiana, e as extensões de Senador Canedo, Goianira e Trindade.

A reivindicação é para a inserção da categoria nos grupos prioritários do Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19, levando em consideração que os profissionais ficam expostos a um grande número de pessoas, diariamente, e se tornam, deste modo, mais vulneráveis à contaminação da doença.

“O objetivo principal neste momento é a priorização da vacina”, afirma Sérgio Reis, presidente do Sindicato Intermunicipal de Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo). Ele reforça que o pedido não tem a ver com remunerações, nem salários, mas exclusivamente com a proteção do motorista.

Em nota, a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) afirmou que a reivindicação dos motoristas por inclusão no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19 é legítima e espera que a categoria tenha o pedido aceito, o mais breve possível.

“A paralisação de motoristas deflagrada nesta sexta-feira (09) tem apelo legítimo e espera que a categoria possa ser incluída no cronograma do Plano Nacional de Imunização- PNI, o mais rápido. Para a proteção de motoristas e trabalhadores que utilizam o sistema RMTC, a CMTC, como órgão gestor, tem trabalhado com os gestores públicos ações para mitigar os impactos da pandemia no sistema de transporte, seja em relação aos trabalhadores ou usuários, incluindo-se a exigência de medidas sanitárias mais rígidas pelas concessionárias, priorização de embarque dos trabalhadores em serviços essenciais, otimização dos horários de embarque fora dos períodos prioritários e álcool em gel nos terminais”, pontuou a nota.

Leia Também

Apesar de entender o pedido da categoria, não há previsão de data de imunização a estes trabalhadores, por parte do governo do Estado. “De acordo com o Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, os trabalhadores do transporte coletivo rodoviário de passageiros integram a lista de grupos prioritários para a vacinação, mas ainda não foram contemplados para receberem as doses da vacina nesta etapa que está em andamento”, afirmou a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO). “Este público deverá ser priorizado nas próximas etapas da vacinação contra a Covid-19. No entanto, ainda não é possível prever uma data, visto que para isso é necessária a chegada de mais doses da vacina”, ressaltou.

Também por meio de nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo da Região Metropolitana de Goiânia (SET) disse que defende a reivindicação dos motoristas dos coletivos de buscarem entrar no grupo prioritário de vacinação contra a covid-19, mas critica a paralisação, pelo fato de ser prejudicial à sociedade da região metropolitana de Goiânia.

“Paralisar o transporte público neste momento será muito danoso para as cidades atendidas pela RMTC – Rede Metropolitana de Transportes Coletivos, e para a manutenção dos serviços essenciais, em especial os setores de saúde e alimentação, que correspondem a 55% de todos clientes que fizeram o cadastro no Embarque Prioritário”, afirmou o vice-presidente do SET, Alessandro Moura.


Leia mais sobre: / / / / / Cidades

Recomendado Para Você