O Estádio Serra Dourada, em Goiânia, passa por revitalização de pintura com mão de obra de carcerária. Desde a última quinta-feira (4), 20 reeducandos do Complexo Prisional Policial Penal Daniella Cruvine trabalham no local. O trabalho se estende até o próximo sábado, 13 de abril, na véspera do jogo entre Atlético Goianiense e Flamengo (RJ), que será realizado na praça esportiva no domingo, dia 14, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro Série A.
A prestação de serviço faz parte de convênio assinado entre a Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP) e a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel). Os apenados que trabalham na revitalização da praça esportiva serão remunerados com recursos financeiros do Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás (Protege) e terão direito à remição de pena – um dia de sua pena remido a cada três dias trabalhados.
Durante o trajeto entre o Complexo Prisional e o estádio, os reeducandos são escoltados pelos grupamentos de elite da Polícia Penal – Tático de Ações e Escolta (GTAE) e o de Operações Penitenciárias Especiais (Gope). Dentro do Serra Dourada, a segurança é feita por policiais penais, com apoio da Polícia Militar.
“Uma de nossas missões é realizar, de forma digna, a reintegração social do reeducando. Esse convênio com a Secretaria de Esporte e Lazer é mais um passo para aproximarmos esses presos da sociedade e prepara-los para a vida e o trabalho fora do cárcere”, explica o diretor-geral adjunto de Polícia Penal, Firmino José Alves.
Secretário de Estado de Esporte e Lazer, Rudson Guerra enalteceu a parceria institucional firmada pelos órgãos do Governo de Goiás. “O Serra Dourada é um patrimônio de todos os goianos, e vai ser mostrado novamente para todo o Brasil neste grande evento que será o jogo entre Atlético e Flamengo. A mão de obra para a pintura vai deixar o estádio mais bonito para o torcedor e vai ser uma forma de reparação e ressocialização dos detentos”, destacou o titular da pasta.
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Espaço ecumênico
Em 2023, a DGPP entregou 100 bancos de madeira para o espaço ecumênico do Serra Dourada e bancadas de madeira para as cabines de imprensa do estádio. Os itens também foram produzidos por custodiados que trabalham na Seção Industrial do Complexo Prisional, em Aparecida de Goiânia.