Desde que os termômetros começaram a marcar temperaturas mais altas no Estado, a Equatorial Goiás tem identificado aumento no consumo médio residencial dos goianos. No mês de outubro houve um recorde, ficou em 225 kWh por instalação, o maior da história de Goiás, batendo o registrado em outubro de 2020, durante a pandemia, quando o consumo médio chegou a 200 kWh por instalação. O balanço foi divulgado nesta quinta-feira (10/11) pela companhia.
Como uma nova onda de calor está prevista, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), a Equatorial orienta que clientes adotem hábitos de economia durante esses dias mais quentes. Dados do Cimehgo mostram que o calor deve ficar mais intenso a partir do final de semana em Goiás.
“Vale lembrar que em outubro de 2020 vivíamos uma pandemia, os clientes estavam passando por grandes mudanças nos hábitos de consumo, ficando mais tempo dentro de suas casas. Além disso, havia forte redução em outras classes de consumo, como poder público, já que boa parte das atividades passou a ser realizada remotamente”, lembra o executivo de Faturamento da Equatorial Goiás, Marcos Aurélio Silva.
O executivo de Faturamento afirma que o consumo médio residencial registrado em outubro de 2023 representa um aumento de 18% quando comparado ao mesmo mês do ano passado e de 14% na comparação com o mês anterior, setembro, que foi considerado o mais quente do ano. “Esse crescimento se dá principalmente pelo forte calor, que aumenta o consumo de energia dos equipamentos refrigeradores e provoca fortes mudanças nos hábitos de consumo, como uso maior de ar-condicionado e ventiladores, assim como maior consumo de alimentos e bebidas refrigeradas”, comenta.
Para se ter uma ideia, normalmente o consumo médio residencial dos goianos fica na faixa de 166 kWh. A onda de calor tem provocado sobrecarga na rede elétrica de todo o País. O Operador Nacional do Sistema (ONS) registrou aumento de 7,3% na demanda de carga em todo o Brasil no mês de setembro e prevê um crescimento de 7,6% em novembro.
Leia Também
Marcos Aurélio ressalta que durante todo o ano de 2023 o cliente goiano está apresentando consumo médio residencial bem acima dos resultados de 2022. “Esse quadro pode ser justificado pelo crescimento do uso de aparelhos de ar-condicionado, que estão cada vez mais acessíveis para a população, pelo aumento da geração de energia solar, que reduz a preocupação do cliente com o consumo de energia, e também por conta da ausência das bandeiras tarifárias, que mantém o preço da energia mais baixo”, afirma.
Vale lembrar que essa condição climática adversa, associada ao aumento do consumo, provoca desarmes nos disjuntores de entrada de prédios, condomínios e mesmo de residências que não estão dimensionados para esse crescimento no consumo de energia. Por isso, é importante que o cliente esteja atento à sua rede interna, que é de sua responsabilidade.
Economia
Nesse momento, o executivo recomenda cautela e consumo consciente, para que o cliente não se surpreenda com o valor da conta de energia. Isso porque o uso de equipamentos como ar condicionado e ventilador se torna cada vez mais frequente. Além disso, aparelhos refrigeradores, como geladeira, freezer e bebedouros, naturalmente consomem mais energia, pois os compressores precisam ser acionados com mais frequência para manter a temperatura para a qual estão programados. É preciso atenção e uso moderado para que não haja susto na hora de pagar a conta de energia.
Marcos Aurélio orienta que para economizar energia os clientes devem adotar novos hábitos de consumo. “Medidas simples, como reduzir a temperatura do chuveiro, evitar usar o micro-ondas para descongelar alimentos e abrir a geladeira com menor frequência podem impactar significativamente no valor da conta. Também é importante verificar as instalações internas da residência periodicamente, pois instalações antigas, com fios velhos ou muitas emendas, causam desperdício de energia e podem até causar incêndios”, completa.
Leia mais sobre: Cidades