Cidades • atualizado em 26/04/2022 às 11:25

Caso Valério Luiz: defesa de Maurício Sampaio entra com ação  para investigar promotores e juiz 

(Foto: Reprodução / TV Anhanguera)
(Foto: Reprodução / TV Anhanguera)

A defesa do empresário Maurício Sampaio, acusado pela morte do radialista Valério Luiz, afirmou, durante uma coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (25), que vai entrar com um requerimento junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que seja feito o afastamento do juiz Lourival Machado da Cost e dos promotores de acusação. O julgamento está marcado para o próximo dia 2 de maio.

O advogado  Luiz Carlos da Silva Neto, que assumiu o cargo, explica que o juíz alegou não ter relação com o réu acusado Maurício Sampaio, e de acordo com Silva Neto, há uma imparcialidade por parte de Lourival Machado, uma vez que ele já advogou em um processo contra o empresário há mais de 20 anos. “Tem mais ou menos quinze dias que fomos acionados para assumir a defesa do Maurício e ficamos estapafúrdios com a situação desse processo”, pontuou durante a coletiva.

O advogado ainda explica que, quando o juiz diz que não tinha relação prévia com Maurício Sampaio, ele está cometendo uma “falsidade ideológica” e por isso não há condições de julgar o assunto. Ainda segundo Silva Neto ao longo de 15 dias após assumir o caso, ele esperava que Lourival renunciasse, o que não aconteceu.

“Há um processo quando ainda o dr. Lourival processual não somente o Maurício mas toda a família do Maurício, num processo que discutia dívidas. Isso é gravíssimo. Nós seguramos até hoje a entrada no CNJ porque sabemos da repercussão negativa que isso gera no mundo jurídico mas não há outra alternativa. Determinamos hoje ao nosso escritório e ingressamos no CNJ pedindo providências contra o atuar, infelizmente, do juiz dr. Lourival.”

Relembre o caso

Valério Luiz foi morto, a tiros, em julho de 2012 quando saía da emissora de rádio em que trabalhava, no Setor Serrinha, em Goiânia. De acordo com as investigações e processo penal, o empresário Maurício Sampaio teria mandado matá-lo devido a críticas feitas pela vítima em relação aos dirigentes do Atlético Goianiense, time no qual Sampaio já foi presidente e era diretor na época do crime.

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O julgamento está marcado para o dia 2 de maio, o tribunal do júri vai avaliar a culpabilidade de cinco réus no processo. Além de Maurício Sampaio, tido como mandante, são julgados o sargento da Polícia Militar, Ademá Figueredo Aguiar Filho, suposto atirador; Djalma Gomes da Silva, Urbano de Carvalho Malta e Marcus Vinícius Pereira Xavier são apontados como articuladores do crime.

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