Cidades • atualizado em 10/09/2024 às 14:41

Campanha de Vacinação Antirrábica tem início no próximo sábado (14), em Goiânia

Os animais podem ser vacinados na sede dos distritos até o final do mês de setembro
Foto: SMS Goiânia
Foto: SMS Goiânia

A Prefeitura de Goiânia inicia, no próximo sábado (14/8), a Campanha de Vacinação Antirrábica, uma ação anual que tem como objetivo proteger cães e gatos contra a raiva. Neste ano, a vacinação antirrábica ocorrerá em dois sábados consecutivos, 14 e 21 de setembro, das 8h às 17h, abrangendo todos os bairros da cidade. Serão disponibilizados 290 pontos de vacinação, distribuídos pelos sete Distritos Sanitários da capital.

No dia 14/9, a vacinação será realizada em 137 pontos localizados nos Distritos Sanitários Sul, Leste, Campinas/Centro e Norte. No dia 21/9, serão 153 pontos nos distritos Sudoeste, Noroeste e Oeste. Além disso, toda sexta-feira, os animais também podem ser vacinados na sede dos distritos até o final deste mês.

Após o dia 21 de setembro, tutores de mais de 10 animais poderão agendar a vacinação em casa pelos telefones 62 3524-3131, 3524-3129 (WhatsApp) e 3524-3130 (plantão). O objetivo é vacinar o máximo de cães e gatos durante a campanha que tem como meta imunizar 143 mil animais, o que representa 80,13% da população animal estimada em Goiânia, que é de 172 mil.

A vacina é a forma mais eficaz de evitar a disseminação da doença que, em animais, possui 100% de letalidade, segundo o Ministério da Saúde (MS). Desde 1999, Goiânia não registra casos de raiva humana causada pela variante canina e desde 2000 não há registro de raiva em cães.

Murilo Reis, diretor de Vigilância em Zoonoses, esclarece que, mesmo assim, todo cuidado é pouco. “É uma doença extremamente grave, portanto, ao vacinarmos os animais estamos nos protegendo também. Além disso, a antirrábica protege os animais da raiva transmitida pelo morcego, este ano já foram registrados oito episódios da doença na cidade”, informa.

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O imunizante é gratuito e os tutores não precisam apresentar documentação. A vacina é destinada a cães e gatos com mais de três meses de idade. No entanto, não deve ser administrada em animais doentes ou em tratamento com antibióticos ou anti-inflamatórios.

“Esses animais têm baixa resposta imunológica devido às condições de saúde, o que pode reduzir a eficácia da vacina. O ideal é procurar a Zoonoses para vacinar o animal quando ele estiver saudável ou após o término do tratamento medicamentoso”, explica Murilo Reis.

A doença
A raiva é uma doença infecciosa grave que afeta o sistema nervoso central e é transmitida ao homem através da saliva de animais infectados, principalmente por meio de mordeduras. A transmissão também pode ocorrer por arranhaduras ou lambeduras desses animais. O período de incubação da doença varia entre as espécies e pode durar de dias a anos, com uma média de 45 dias nos humanos. A duração da incubação está relacionada à localização, extensão e profundidade da mordedura, arranhadura ou lambedura, além do tipo de contato com a saliva do animal infectado.

Nos cães e gatos, o vírus é eliminado na saliva de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos e continua a ser transmitido durante toda a evolução da doença. A morte do animal geralmente ocorre entre 5 e 7 dias após o início dos sintomas. Em animais silvestres, como os morcegos, não se sabe ao certo o período de transmissibilidade do vírus. No entanto, sabe-se que os morcegos podem carregar o vírus por longos períodos sem apresentar sintomas aparentes.

Sintomas
O principal sintoma da raiva em cães e gatos é a mudança de comportamento. Os animais infectados geralmente apresentam sinais como salivação excessiva, dificuldade para engolir, alterações nos hábitos alimentares e até paralisia. Outros sintomas podem incluir falta de apetite, hidrofobia, fotofobia, dilatação das pupilas e alterações comportamentais, incluindo agressividade, autoagressão e cansaço.

Se os tutores observarem qualquer um desses sintomas, devem considerar a possibilidade de raiva. É importante, se possível, manter o animal em observação por até 10 dias em um local seguro, sem acesso à rua, com comida e água disponíveis. “A orientação é entrar em contato com o serviço de Zoonoses para notificar o caso o quanto antes”, frisa Murilo Reis.

“Para garantir a proteção contínua dos nossos animais e a segurança da população, é fundamental que todos participem da campanha e mantenham seus pets vacinados anualmente,” reforça o diretor. A lista completa dos pontos de vacinação e horários pode ser consultada no site, por meio deste link.


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