Manifestantes tentaram invadir até a sede da Polícia Federal depois que indígena foi preso; veja vídeos
Manifestantes que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram invadir a sede da Polícia Federal (PF) em Brasília após a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante. O protesto, que começou à cerca das 22h desta segunda-feira (12), gerou caos, vandalismo, destruição de veículos e resultou até no fechamento do Setor Hoteleiro Norte e de parte do Eixo Monumental, como informou a Polícia Militar do DF.
Ainda segundo a PM, além de colocar fogo em carros e ônibus, houve tentativa de invasão na PF, controlada e dispersada cerca de três horas depois. Porém, até os protestos serem contidos, dezenas de veículos foram incendiados e agentes da Polícia Federal precisaram usar bombas de efeito moral, balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. veja vídeos:
Os bolsonaristas chegaram a revidar a polícia atirando paus e pedras em direção aos agentes. Ao menos uma pessoa ficou ferida no confronto.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), chegou a se pronunciar e declarou que “a ordem é para prender os vândalos” e afirmou que, no momento dos protestos, mandou todas as forças policiais do DF para a rua, incluindo o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o Grupamento Tático Operacional (Gtop).
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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por sua vez, que foi diplomado no mesmo dia, mais cedo, não esteve em risco em nenhum momento em função das manifestações. A informação foi dada pelo futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, em uma coletiva noite desta segunda-feira (12).
O trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Três Poderes e outras vias da região central ficou restrito como medida preventiva. Foi dada a recomendação de que os motoristas evitem o centro da cidade, mas, tudo deve voltar a ser liberado na manhã desta terça-feira (12).
Prisão de indígena
O STF divulgou que José Acácio Serere Xavante é acusado de “condutas ilícitas em atos antidemocráticos”. A prisão foi solicitada ao Supremo pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo prazo de dez dias para garantir a ordem pública.
Conforme a decisão, o cacique Serere, como é conhecido, teria realizado nos últimos dias “manifestações de cunho antidemocrático” em frente do Congresso Nacional, no Aeroporto de Brasília, em um shopping e em frente ao hotel onde o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, está hospedado.
Para a PGR, o cacique “vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para arregimentar indígenas e não indígenas” para cometer crimes, como ameaças de agressão contra Lula e ministros do STF.
A Polícia Federal informou, por suas redes sociais, que cumpriu a ordem de prisão expedida por Alexandre de Moraes e que Serene Xaxante foi preso e “encontra-se acompanhado de advogados e todas as formalidades relativas à prisão estão sendo adotadas nos termos da legislação, resguardando-se a integridade física e moral do detido.” A PF também informou que os distúrbios que aconteceram nas imediações do Edifício-Sede da Polícia Federal “estão sendo contidos com o apoio de outras forças de Segurança Pública do Distrito Federal (PMDF, CBMDF e PCDF).”
Com informações da Agência Brasil