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Três milhões de brasileiros “não existem” no censo do IBGE e alerta governo; entenda

A falta dos três milhões, em termos populacionais, equivale a praticamente quase duas Goiânias. (Foto: reprodução)

A suspeita é que muitas pessoas de baixa renda tenham se declarado como sendo família “unipessoal” para não perder acesso a benefícios sociais

Apesar de não terem sido completamente divulgados, os resultados do censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) já acenderam um alerta no governo por conta de quase três milhões de brasileiros estarem sem registro. Com isso, a situação pode afetar seriamente as políticas públicas e a distribuição de verbas para centenas de prefeituras.

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De acordo com o que já se sabe, o recenseamento do IBGE teria identificado pouco menos de 205 milhões de habitantes até agora, o que já é abaixo do prevista e esperado. A diferença de milhões vem por que, no fim do ano passado, o instituto divulgou uma prévia do censo com base nas coletas realizadas até 25 de dezembro que indicavam a existência de, pelo menos 207,8 milhões de brasileiros.

Ou seja, a falta dos três milhões, em termos populacionais, equivale a praticamente quase duas Goiânias. A suspeita é que muitas pessoas de baixa renda tenham se declarado como sendo família “unipessoal” para não perder acesso a benefícios sociais. A função de revisão do IBGE, porém, continuará até o fim de abril, e pode haver retorno de campo onde for necessário, incluindo comunidades carentes.

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Vale lembrar também, no entanto, que, coincidentemente, segundo o IBGE, cerca de três milhões de brasileiros não possuem registro civil de nascimento. Não se trata, exatamente, dos mesmos três milhões, mas pode ser que envolva parte destas pessoas. Desde 2015, o instituto acompanha a estimativa de crianças que não receberam certidão de nascimento no primeiro ano de vida. As diferenças regionais são evidentes: no Sul, 0,28% da população não tem registro civil; no Sudeste, 1,1%; Centro-Oeste, 1,23%; Nordeste, 2,5% e no Norte, 7,5%. Os dados são de 2019, ou seja, de antes da pandemia que também matou mais de 700 mil pessoas no país.

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Carlos Nathan: