Na live semanal que o governador Ronaldo Caiado (DEM-GO) costuma fazer às sextas-feiras, o democrata voltou a falar e defender o Plano Nacional de Imunização por meio do Ministério da Saúde. Não poupou críticas ao governador tucano João Doria (PSDB-SP) por tentar trazer para si protagonismo em torno da vacina produzida no Insituto Butantan, divulgando até um cronograma para São Paulo. “[Essa atitude] É de uma mesquinhez ímpar”, disparou. Ao final do dia, o Ministério da Saúde no entanto, descartou que esteja havendo algum tipo de centralização nacional da vacina.
A live foi exibida no começo da tarde desta sexta-feira (11/12) e contou até com vídeo do ministro da Saúde Eduardo Pazuello que teve agenda com o democrata durante a inauguração da Maternidade Municipal Célia Câmara, no Conjunto Vera Cruz, em Goiânia. “Vamos ter a nossa vacina para todos os brasileiros, de forma gratuita, equitativa, de plano único para o Brasil como um todo. De forma segura, na hora certa e sem expor a população a nenhuma aventura”, pontuou Pazuello na gravação.
Hora antes, o mesmo ministro garantiu que havia determinado a compra de todas as vacinas disponíveis. “Determinei hoje reuniões em Brasília para que nós buscássemos os recursos necessários para a compra de todas as vacinas para vacinação de todo o nosso povo. Determinei também que nós tivéssemos contratos não vinculantes, inicialmente, mas já contratos aprimorando o entendimento com todas as fabricantes de vacinas que se disponibilizarem em nosso país. Isso está acontecendo. O nosso Plano de Imunização é nacional. Nenhum estado da federação será tratado de forma diferente. Nenhum brasileiro terá vantagem sobre outros brasileiros”
A declaração deu o combustível que Caiado queria referendar o que virou uma briga com o governador tucano. “Não vai ter estado que vai ter e outro que não vai ter. O ministro deixou claro. A vacinação é prerrogativa do Ministério da Saúde. Como tal, toda e qualquer vacina produzida, importada, será requisitada e caberá ao MS distribuir equitativamente a todos os entes federados.”
E repetiu o que já havia dito em outras entrevistas: Doria teve uma atitude mesquinha. “Não podemos criar o sentimento que cada estado e cada município tem que sair correndo atrás de A ou de B para requisitar vacinas. Essa política que o governador de São Paulo colocou é de uma mesquinhez ímpar. Não se divide o país entre um Brasil rico, que pode receber vacina, e um pobre, que não pode ter. É um desrespeito à Constituição Federal”.
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No fim da tarde desta sexta-feira (11) no entanto, a pasta da saúde negou que haja algum tipo de centralização da vacina neste momento. “Reiteramos que, em nenhum momento, o Ministério da Saúde se manifestou sobre confisco ou requerimento de vacinas adquiridas pelos estados”, destacou em uma nota encaminhada à imprensa
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