A força-tarefa da Polícia Civil que investiga o homicídio do guarda municipal Marcelo Aloízio de Arruda concluiu 18 oitivas de testemunhas sobre o caso, afirma a Secretaria da Segurança Pública e a Polícia Civil do Paraná. O principal objetivo da investigação é identificar se o agente penitenciário e apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) Jorge Guaranho matou o tesoureiro do PT por motivo de intolerância política.
Dentre as testemunhas ouvidas, há pessoas que estavam no local do crime e familiares do guarda municipal e do agente penitenciário. A Secretaria informa, ainda, que a análise das imagens foi concluída e a equipe agora se concentra em diligências complementares.
Em entrevista à Globo News nesta semana, o secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, afirmou que o caso “tem vários elementos de convencimento” que indicam um ato de intolerância política. Jorge teria passado na festa de Arruda, que tinha o PT como tema, gritando “aqui é Bolsonaro”, antes de voltar com uma arma e atirar contra o policial.
Pâmela Suellen Silva, viúva de Arruda, disse nesta quarta-feira, 13, que Bolsonaro “está mais preocupado com a repercussão política do caso”. O presidente ligou para os irmãos do policial e propôs recebê-los para um pronunciamento à imprensa, no Palácio do Planalto. A campanha quer transformar o possível encontro num “gesto de pacificação” para blindar Bolsonaro.
“Não sabia da ligação, achei aquilo um absurdo. Acredito que Bolsonaro está preocupado apenas com a repercussão política, pois na ligação aos irmãos do Marcelo disse que estão tentando colocar a culpa nele”, disse a viúva. (Estadão Conteúdo).
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