A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais considerou que não é possível afirmar sobre a autenticidade do áudio feito por Joesley Batista, da JBS/Friboi, em visita ao presidente Michel Temer, no dia 7 de março passado.
O chefe do Executivo apontou a manipulação e edição da gravação utilizada para a abertura de processo contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Percebe-se a presença de eventos acústicos que precisam passar por análise técnica, especializada e aprofundada, sem a qual não é possível emitir qualquer conclusão acerca da autenticidade da gravação”, divulgou a entidade, em nota oficial neste sábado, 20.
Em uma dura crítica à Procuradoria Geral da República, a APCF considerou “inaceitável que, tendo à disposição a Perícia Oficial da União, que possui os melhores especialistas forenses em evidências multimídia do país, não se tenha solicitado a necessária análise técnica no material divulgado”.
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Em relação às recentes notícias veiculadas pela mídia, que dizem respeito a existência de possíveis edições na gravação da conversa entre Joesley Batista e o presidente da República Michel Temer, a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais esclarece que, ao se ouvir o áudio divulgado pela imprensa, percebe-se a presença de eventos acústicos que precisam passar por análise técnica, especializada e aprofundada, sem a qual não é possível emitir qualquer conclusão acerca da autenticidade da gravação. Ademais, sempre que houver vestígios materiais, é temerária a homologação de delações sem a devida analise pericial.
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