O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, voltou a tecer críticas contra Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Em vídeo publicado no Twitter, Flávio avaliou que Renan está sendo “altamente tóxico” aos trabalhos do colegiado. “Ele (Renan) já está pensando muito mais em 2022 do que realmente em salvar vidas aqui no Brasil”, pontuou.
Na quarta-feira passada, dia 12, a sessão de depoimento do ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten precisou ser suspensa após uma troca de ofensas entre Renan e Flávio, que afirmou que o relator está utilizando a CPI como um “palanque”. Flávio ainda chamou o relator de “vagabundo” ao comentar sobre o pedido de prisão em flagrante de Wajngarten, ofensa repetida pelo presidente na quinta-feira (13), durante viagem a Alagoas.
“Renan tem sido altamente tóxico à CPI no início dos trabalhos, inquirindo as testemunhas com muita agressividade e desrespeito”, afirmou o senador no Twitter. Segundo ele, Renan tem se esforçado para blindar a investigação de seu filho, Renan Filho (MDB), governador de Alagoas, sobre desvio de recursos de dinheiro para o combate à pandemia. “A população tem o direito de saber se esse dinheiro foi aplicado no combate à covid ou se foi desviado de sua finalidade”, enfatizou Flávio Bolsonaro.
Em resposta às acusações de envolvimento com milícias, o filho mais velho do presidente Bolsonaro enfatizou que ele defende policias, mas que não tem nenhum envolvimento. “Polícia, aliás, é uma categoria da qual Renan Calheiros parece ter muito medo, porque ele faz de tudo para evitar que sejam convidadas a colaborar com os trabalhos na CPI diversas autoridades policiais que têm dezenas de informações para fornecer aos senadores”.
Por fim, Flávio Bolsonaro ainda enalteceu os 14 milhões de recuperados da covid-19 no Brasil. “Vamos seguir nosso esforço de salvar vidas e preservar empregos”, finalizou. Na última atualização feita pelo Ministério da Saúde no domingo (16), o Brasil totalizava 15.627.475 infecções de covid-19, 14.097.287 de casos recuperados e 435.751 óbitos desde o início da pandemia. (Por Sofia Aguiar, Estadão Conteúdo)
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