O Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu nesta quarta-feira (14/10) a anulação da decisão que trancou a investigação contra o Padre Robson de Oliveira por suspeitas de desvios na Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe).
A investigação ocorria no âmbito da Operação Vendilhões. No dia 6 de outubro, por decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJGO), as apurações foram interrompidas. Segundo os desembargadores, o MP-GO não detém competência para investigar a aplicação dos recursos da Afipe.
Trata-se de um pedido de embargos de declaração, encaminhado ao desembargador Nicomedes Borges, relator do habeas corpus. O MP-GO alegou que não foi ouvido na ação que trancou a investigação. O órgão também afirma que os desembargadores desconsideravam provas produzidas ao longo do processo.
Outra justificativa apresentada no recurso é que investigações relativas à Operação Vendilhões também foram trancadas, como uma que apura suposta corrupção na Polícia Civil.
A investigação da Operação Vendilhões foi trancada no dia 6 de outubro. No entendimento dos desembargadores, não houve o crime de organização criminosa, lavagem de dinheiro, lavagem de capitais e apropriação indébita.
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A defesa do padre Robson informou que o assunto, exclusivamente de ordem judicial, “diz respeito apenas ao rito do Poder Judiciário e deve ser tratado dentro do processo”. Além disso, disse que “questões tratadas fora do processo são subterfúgios para vazar elementos de investigação já trancada, portanto, em sigilo”.
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