Economia • atualizado em 06/09/2021 às 21:24

Morre o colecionador de arte Figueiredo Ferraz

(Foto: Divulgação)
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Um dos grandes colecionadores de arte do Brasil, dono de um dos maiores acervos contemporâneos em exposição permanente no Instituto que leva seu nome, em Ribeirão Preto, o ex-presidente da Bienal de São Paulo, João Carlos Figueiredo Ferraz, morreu na manhã desta segunda-feira, 6, às 9 horas, no Hospital Sírio Libanês, vítima de câncer.

O empresário e colecionador de arte assumiu a presidência da Fundação Bienal de São Paulo em 2017 e se afastou em setembro de 2018. Economista, Figueiredo Ferraz foi o fundador e presidente do Instituto Figueiredo Ferraz, em Ribeirão Preto, em 2011. Ele integrava o conselho de importantes instituições de arte como o Museu de Arte de São Paulo (Masp), o Museum of Modern Art de Nova York (MoMA) e o Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Figueiredo Ferraz foi um dos mais ativos empresários na área cultural, acompanhando de perto a produção dos artistas contemporâneos da chamada Geração 80, pintores e escultores que começaram sua carreira na década de 1980, como Carlito Carvalhosa, Nuno Ramos, Paulo Pasta e Tunga.

Quando era estudante, começou a colecionar, comprando gravuras e desenhos, cujos preços eram mais acessíveis. A primeira tela que comprou, mantida até hoje em seu instituto, é do pintor abstrato Jorge Eduardo Guinle Filho, comprada na galeria de Luiza Strina

Ele não teve apoio do poder público para construir o instituto em Ribeirão Preto. O projeto foi concebido com sua poupança particular. Ao contrário de outros colecionadores, que compram arte como investimento, ele comprou mais de 1 mil obras (de 382 artistas) porque simplesmente gostava delas – e se apegou às peças, mantidas em seu acervo até a morte.

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Por Antonio Gonçalves Filho – Estadão Conteúdo


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