Brasil • atualizado em 09/02/2021 às 20:49

Imigração americana disponibiliza opções para profissionais estrangeiros que desejam trabalhar e morar nos EUA

Atualmente, acreditamos que para que um estrangeiro consiga um “green card” para morar no Estados Unidos, seja preciso ter parentesco direto ou casamento com alguém que possua cidadania americana ou por meio de visto EB-5, conhecido como o “visto de investidor”.

De acordo com o Dr. Felipe Alexandre, advogado brasileiro e americano de imigração, grande parte dos brasileiros utilizam o visto para empreender e buscar o direito à residência na América. 

“Somente na primeira década deste século (de 2001 a 2010), foram emitidos 1.018 vistos EB-5 para cidadãos do Brasil. Em geral, empresários que decidiram montar um novo negócio ou simplesmente levar suas empresas do Brasil para os Estados Unidos, investindo no mercado de trabalho e, consequentemente, colaborando com a economia americana” – relatou o advogado brasileiro/americano de imigração, Dr. Felipe Alexandre.

Para se qualificar a um visto EB-5, de acordo com dados levantados pela equipe de jornalistas da Ag Immigration, é preciso primeiramente investir o valor de US$900 mil, caso feito em alguma cidade americana onde existe carência de empregos ou de uma determinada indústria, ou de até US$1,8 milhões em localidades nobres, em geral grandes centros urbanos, do país.

Além disso, é preciso comprovar que o investimento pretendido irá gerar ao menos dez empregos nos EUA, e que após os dois primeiros anos de funcionamento a empresa deverá estar gerando lucro. Somente quando isso acontece é que o investidor estrangeiro terá então o direito a receber definitivamente o seu green card.

Conforme observação do especialista em investimentos e mercado de trabalho nos EUA, Rodrigo Costa, “muitos brasileiros que só conhecem a alternativa do EB-5 acabam desistindo de buscarem o green card americano”, devido aos altos valores e ao tempo que leva até que o direito à residência permanente seja conquistado.

No entanto, aos poucos o Brasil vem descobrindo outras modalidades de vistos, principalmente aqueles onde é permitido qualificar-se com base em uma carreira bem-sucedida ou na formação acadêmica de um profissional estrangeiro. Estes vistos não exigem investimento financeiro mínimo e, em muitos casos, nem mesmo a necessidade de uma oferta de trabalho ou de já haver empregador nos Estados Unidos.

Os chamados vistos “EB” (employment-based), da mesma categoria do EB-5, são criados pela imigração dos EUA para atender a necessidade do mercado de trabalho americano em “absorver” a capacidade profissional e intelectual de estrangeiros bem capacitados, para benefício do País.

Esses vistos, de acordo com Dr. Felipe, se tornaram fundamentais, especialmente nos últimos 20 anos, “para que a América se mantenha como a maior potência econômica do mundo”. O advogado afirma que houve, inclusive, aumento da emissão dos vistos “EB” nas gestões de Obama (2009-2017) e de Trump (2017-2021). Esta é, de acordo com ele, “uma prova de que democratas e republicanos concordam em pelo menos um aspecto”.

Profissões em falta nos EUA

Entre as profissões que mais faltam nos EUA, atualmente, e acordo com a Ag Immigration, estão os profissionais de saúde, incluindo médicos, dentistas, enfermeiros e fisioterapeutas. Com o avanço cada vez maior das tecnologias de ponta, e ferramentas de comunicação on-line, os profissionais de Tecnologia da Informação (TI) vem em seguida. Desenvolvedores de programas, analistas de sistemas e muitas outras áreas de tecnologia podem encontrar ótimas oportunidades no País.

Engenheiros, em todas as suas especialidades, desde a área de construção civil até o segmento de óleo e gás, e pilotos de aviação, também estão em falta. O segundo, pelo fato de que existem muitos pilotos americanos se aposentando, além de uma grande quantidade ter se mudado para trabalhar nas grandes companhias aéreas localizadas na Ásia e no Oriente Médio.

Outras profissões com escassez de profissionais nos EUA incluem advogados de determinadas áreas jurídicas, profissionais de educação, arquitetos e muitas outras funções que exigem conhecimento técnico e experiência. Além disso, empresários são sempre bem-vindos nos Estados Unidos, pelo fato de movimentarem a economia e gerarem empregos. 

Os vistos que compõem a categoria “EB”, de acordo com a Ag Immigration, são: 

EB-1: visto destinado para pessoas que possuem “habilidades extraordinárias” comprovadas nas áreas das artes, ciências, educação, negócios e atletismo, e que são reconhecidas nacionalmente, ou até mesmo internacionalmente, por suas contribuições profissionais. Vários médicos, dentistas, cientistas, artistas, empresários, educadores e atletas qualificam-se para esta categoria, desde que possam atender a uma série de exigências do Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS).

EB-2 NIW: Nesta categoria o solicitante precisa comprovar que possui um histórico profissional de destaque e, em muitos casos, uma formação acadêmica superior. Estrangeiros que chegam aos Estados Unidos com vistos EB-2 NIW (National Interest Waiver) colaboram diretamente com o mercado de trabalho americano, que sofre com a falta de profissionais em áreas de importância nacional. Engenheiros, médicos, dentistas, enfermeiros, fisioterapeutas, profissionais de TI, pilotos de avião, arquitetos, entre outros, podem ser elegíveis para esta categoria. Em muitos casos, o visto EB-2 NIW pode ser emitido sem que haja nem mesmo uma oferta de trabalho ou empregador, com o solicitante qualificando-se somente com base em seu próprio histórico e capital intelectual. Empresários que desejam expandir empreender ou expandir seus negócios para os EUA também podem ser elegíveis.

EB-3 é o visto voltado para determinados trabalhadores especializados com no mínimo 2 anos de experiência ou treinamento, profissionais cujo trabalho nos EUA requeira ao menos um bacharelado americano ou grau de educação equivalente em outro país, ou ainda para algumas outras categorias de trabalhadores menos frequentes. Nesse tipo de petição imigratória, o interessado terá que receber uma oferta de trabalho genuína de um empregador nos Estados Unidos e passar por um procedimento junto ao Departamento de Trabalho dos Estados Unidos para a obtenção de uma certificação de trabalho (labor certificate).

EB-4 – Visto criado para atender determinados imigrantes “especiais”, incluindo trabalhadores religiosos, membros de entidades diplomáticas e de certas organizações internacionais, membros das forças armadas, funcionários do governo americano que trabalham no exterior, além de uma série de outras categorias específicas.

EB-5 – O EB-5 é conhecido como o “visto de investidor”, e pode ser adquirido por estrangeiros que desejam empreender nos Estados Unidos. Além de um investimento mínimo cujo valor será determinado de acordo com a localidade em que o solicitante planeja investir, é preciso comprovar que o negócio criado irá gerar empregos e movimentar a economia americana. O EB-5 concede inicialmente um green card provisório e, posteriormente, o definitivo, caso seu portador consiga demonstrar que seu empreendimento nos Estados Unidos se mantém operante e rentável. Devido a seu alto custo, muitas vezes não é a melhor alternativa imigratória para quem deseja morar e empreender nos EUA.

De acordo com o Dr. Felipe Alexandre, advogado brasileiro e americano de imigração, grande parte dos brasileiros utilizam o visto para empreender e buscar o direito à residência na América. 

“Somente na primeira década deste século (de 2001 a 2010), foram emitidos 1.018 vistos EB-5 para cidadãos do Brasil. Em geral, empresários que decidiram montar um novo negócio ou simplesmente levar suas empresas do Brasil para os Estados Unidos, investindo no mercado de trabalho e, consequentemente, colaborando com a economia americana” – relatou o advogado brasileiro/americano de imigração, Dr. Felipe Alexandre.

Para se qualificar a um visto EB-5, de acordo com dados levantados pela equipe de jornalistas da Agimmigration, é preciso primeiramente investir o valor de US$900 mil, caso feito em alguma cidade americana onde existe carência de empregos ou de uma determinada indústria, ou de até US$1,8 milhões em localidades nobres, em geral grandes centros urbanos, do país.

Além disso, é preciso comprovar que o investimento pretendido irá gerar ao menos dez empregos nos EUA, e que após os dois primeiros anos de funcionamento a empresa deverá estar gerando lucro. Somente quando isso acontece é que o investidor estrangeiro terá então o direito a receber definitivamente o seu green card.

Conforme observação do especialista em investimentos e mercado de trabalho nos EUA, Rodrigo Costa, “muitos brasileiros que só conhecem a alternativa do EB-5 acabam desistindo de buscarem o green card americano”, devido aos altos valores e ao tempo que leva até que o direito à residência permanente seja conquistado.

No entanto, aos poucos o Brasil vem descobrindo outras modalidades de vistos, principalmente aqueles onde é permitido qualificar-se com base em uma carreira bem-sucedida ou na formação acadêmica de um profissional estrangeiro. Estes vistos não exigem investimento financeiro mínimo e, em muitos casos, nem mesmo a necessidade de uma oferta de trabalho ou de já haver empregador nos Estados Unidos.

Os chamados vistos “EB” (employment-based), da mesma categoria do EB-5, são criados pela imigração dos EUA para atender a necessidade do mercado de trabalho americano em “absorver” a capacidade profissional e intelectual de estrangeiros bem capacitados, para benefício do País.

Esses vistos, de acordo com Dr. Felipe, se tornaram fundamentais, especialmente nos últimos 20 anos, “para que a América se mantenha como a maior potência econômica do mundo”. O advogado afirma que houve, inclusive, aumento da emissão dos vistos “EB” nas gestões de Obama (2009-2017) e de Trump (2017-2021). Esta é, de acordo com ele, “uma prova de que democratas e republicanos concordam em pelo menos um aspecto”.

Profissões em falta nos EUA

Entre as profissões que mais faltam nos EUA, atualmente, e acordo com a Agimmigration, estão os profissionais de saúde, incluindo médicos, dentistas, enfermeiros e fisioterapeutas. Com o avanço cada vez maior das tecnologias de ponta, e ferramentas de comunicação on-line, os profissionais de Tecnologia da Informação (TI) vem em seguida. Desenvolvedores de programas, analistas de sistemas e muitas outras áreas de tecnologia podem encontrar ótimas oportunidades no País.

Engenheiros, em todas as suas especialidades, desde a área de construção civil até o segmento de óleo e gás, e pilotos de aviação, também estão em falta. O segundo, pelo fato de que existem muitos pilotos americanos se aposentando, além de uma grande quantidade ter se mudado para trabalhar nas grandes companhias aéreas localizadas na Ásia e no Oriente Médio.

Outras profissões com escassez de profissionais nos EUA incluem advogados de determinadas áreas jurídicas, profissionais de educação, arquitetos e muitas outras funções que exigem conhecimento técnico e experiência. Além disso, empresários são sempre bem-vindos nos Estados Unidos, pelo fato de movimentarem a economia e gerarem empregos. 

Os vistos que compõem a categoria “EB”, de acordo com a Agimmigration, são: 

EB-1: visto destinado para pessoas que possuem “habilidades extraordinárias” comprovadas nas áreas das artes, ciências, educação, negócios e atletismo, e que são reconhecidas nacionalmente, ou até mesmo internacionalmente, por suas contribuições profissionais. Vários médicos, dentistas, cientistas, artistas, empresários, educadores e atletas qualificam-se para esta categoria, desde que possam atender a uma série de exigências do Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS).

EB-2 NIW: Nesta categoria o solicitante precisa comprovar que possui um histórico profissional de destaque e, em muitos casos, uma formação acadêmica superior. Estrangeiros que chegam aos Estados Unidos com vistos EB-2 NIW (National Interest Waiver) colaboram diretamente com o mercado de trabalho americano, que sofre com a falta de profissionais em áreas de importância nacional. Engenheiros, médicos, dentistas, enfermeiros, fisioterapeutas, profissionais de TI, pilotos de avião, arquitetos, entre outros, podem ser elegíveis para esta categoria. Em muitos casos, o visto EB-2 NIW pode ser emitido sem que haja nem mesmo uma oferta de trabalho ou empregador, com o solicitante qualificando-se somente com base em seu próprio histórico e capital intelectual. Empresários que desejam expandir empreender ou expandir seus negócios para os EUA também podem ser elegíveis.

EB-3 é o visto voltado para determinados trabalhadores especializados com no mínimo 2 anos de experiência ou treinamento, profissionais cujo trabalho nos EUA requeira ao menos um bacharelado americano ou grau de educação equivalente em outro país, ou ainda para algumas outras categorias de trabalhadores menos frequentes. Nesse tipo de petição imigratória, o interessado terá que receber uma oferta de trabalho genuína de um empregador nos Estados Unidos e passar por um procedimento junto ao Departamento de Trabalho dos Estados Unidos para a obtenção de uma certificação de trabalho (labor certificate).

EB-4 – Visto criado para atender determinados imigrantes “especiais”, incluindo trabalhadores religiosos, membros de entidades diplomáticas e de certas organizações internacionais, membros das forças armadas, funcionários do governo americano que trabalham no exterior, além de uma série de outras categorias específicas.

EB-5 – O EB-5 é conhecido como o “visto de investidor”, e pode ser adquirido por estrangeiros que desejam empreender nos Estados Unidos. Além de um investimento mínimo cujo valor será determinado de acordo com a localidade em que o solicitante planeja investir, é preciso comprovar que o negócio criado irá gerar empregos e movimentar a economia americana. O EB-5 concede inicialmente um green card provisório e, posteriormente, o definitivo, caso seu portador consiga demonstrar que seu empreendimento nos Estados Unidos se mantém operante e rentável. Devido a seu alto custo, muitas vezes não é a melhor alternativa imigratória para quem deseja morar e empreender nos EUA.


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