Brasil • atualizado em 11/07/2020 às 22:18

Anvisa não indica Ivermectina para Covid-19 e põe responsabilidade por uso nos médicos

Embalagem de ivermectina do laboratório Neo-Química (foto reprodução)
Embalagem de ivermectina do laboratório Neo-Química (foto reprodução)

Em nota de pronunciamento oficial, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) ressalta que a Ivermectina está autorizada apenas para indicações previstas na bula. E, afirma que “não existem estudos conclusivos que comprovem o uso desse medicamento para Covid-19, bem como não existem estudos que refutem esse uso”.

Na prática, o órgão faz uma recomendação geral que busca posicionar a entidade em meio a um emaranhado de informações de que o uso do medicamento é um dos que pode ajudar no auxílio aos pacientes.

Por outro lado, a entidade diz que o uso da Ivermerctina é “de escolha e responsabilidade do médico prescritor” e não determina o não uso do medicamento. A nota, então, pouco esclarece.

NOTA OFICIAL DA ANVISA – IVERMECTINA

“Diante das notícias veiculadas sobre medicamentos que contêm ivermectina para o tratamento da Covid-19, a Anvisa esclarece: Inicialmente, é preciso deixar claro que não existem estudos conclusivos que comprovem o uso desse medicamento para o tratamento da Covid-19, bem como não existem estudos que refutem esse uso. Até o momento, não existem medicamentos aprovados para prevenção ou tratamento da Covid-19 no Brasil. Nesse sentido, as indicações aprovadas para a ivermectina são aquelas constantes da bula do medicamento. Cabe ressaltar que o uso do medicamento para indicações não previstas na bula é de escolha e responsabilidade do médico prescritor”.

Em 02 de julho passado, o Conselho de Farmácia de São Paulo, emitiu uma nota técnica em que alerta para as reações adversas ao medicamento e recomendou aos farmacêuticos que exijam receita médica para a venda do produto nas drogarias.

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“A ivermectina pode causar reações adversas que devem ser monitoradas, como por exemplo, problemas oculares (irritação ocular ou palpebral, dor, vermelhidão ou inchaço), também pode causar febre, coceira ou erupção cutânea, dor nas articulações ou nos músculos, glândulas dolorosas e sensíveis no pescoço, axilas ou virilhas’, informou a entidade profissional paulista.


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