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Megaoperação faz transferência de 1.133 presos da penitenciária em Aparecida de Goiânia

Equipes das forças de choque foram utilizadas para a segurança da operação (foto DGAP)

Foi realizada neste sábado, 05/12, uma mega operação de transferências de presos da Penitenciária Odenir Guimarães (POG), situada no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. A Operação Kaizen contou com apoio das polícias civil, militar, penal, técnico-científica, rodoviária federal e do corpo de bombeiros militar. Cerca de 700 servidores estiveram envolvidos na ação, que remanejou 1.133 detentos. A divisão foi feita de forma estratégica entre todas as regionais que compõem a estrutura organizacional da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária

A transferência dos custodiados da POG tem como principal objetivo a desocupação de uma área para que seja feita reforma e adequação das instalações do presídio, que foi construído na década de 60. As intervenções serão feitas nos telhados, na rede elétrica e hidráulica, além da estrutura arquitetônica do presídio. A previsão é de que as obras, que vão iniciar na próxima segunda-feira (07/12), gerem uma economia mensal de 30% nos gastos com a unidade. “É uma unidade com mais de 60 anos de existência. Ela unidade tem um custo de manutenção muito alto, tem problemas sanitários, tem problemas elétricos, tem problemas hidráulicos, além de ter uma arquitetura que não se adéqua mais aos tempos de hoje. De uma forma corajosa, o Estado de Goiás teve a condição de fazer essa intervenção para reorganizar a unidade, para que ela possa atender melhor as necessidades de custódia do preso e dar melhor condição de segurança para o servidor”, explica o diretor-geral de Administração Penitenciária coronel Agnaldo Augusto.

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Outro fator importante para decisão de intervenção mais incisiva na POG é o de reorganizar o espaço que ao logo do tempo foi sofrendo modificações. “[A POG] Era uma unidade de difícil acesso, se necessário, e que o controle também era muito difícil, devido aos penduricários, aos puxadinhos que foram sendo feitos no decorrer dos anos, principalmente após rebeliões. Nós já começamos algumas obras, mas pra essa intervenção mais firme, mais contundente, era necessário ter um número bem menor de presos. Hoje a gente está contando com isso. As outras unidades estão absorvendo [os detentos transferidos], mas todas dentro das suas capacidades”, explica o secretário de Segurança Pública Rodney Miranda.

Denúncias
O secretário Rodney Miranda explicou que a operação iniciada hoje deverá continuar nos próximos dias. Além da transferência, será realizada uma ampla vistoria na penitenciária com objeto de apurar denúncias de entrada de objetos ilícitos dentro da unidade. “Recebemos denúncias de que poderia haver conflito entre esses presos, por isso a necessidade de espalhá-los por diversas unidades. Inclusive com ameaças de morte. Essa operação não acaba hoje, a gente vai passar os próximos dias fazendo uma revista completa e apurada, porque temos noticias de que pode haver armas de fogo nessa unidade” detalha o secretário.

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Durante a operação realizada neste sábado, 05/12, foram apreendidos, em poder dos detentos, cerca de 140 mil reais em espécie, além de dezenas de celulares e chips. “Logicamente que esse dinheiro, esses celulares e se por ventura houver armas encontradas, tudo isso vai ser objeto de apuração, até pra saber como entraram”, explica o titular da SSP. Ele ainda destaca a dedicação em resolver esse tipo de problema. “Por enquanto nós temos que resolver o problema e é isso que nós fizemos com essa operação”, explica. “Mas as buscas vão continuar e na medida em que forem continuando e avançando, vamos fazendo balanços periódicos”, garante Miranda.

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Legalidade
Toda movimentação da população carcerária goiana é efetuada com amparo legal e conhecimento do Poder Judiciário. As transferências também têm embasamento legal e se dão em obediência à Lei Estadual nº 19.962, de 03/01/2018, atualizada pela Lei Estadual nº 20.491, de 25/06/2019, que confere à administração penitenciária a gestão de vagas, implantação e movimentação dos custodiados.

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Altair Tavares: